Golpes mais comuns no WhatsApp: como identificar e evitar

Como saber se estou caindo em um golpe no WhatsApp?

Se você recebeu uma mensagem no WhatsApp pedindo dinheiro via Pix, com uma história urgente ou emocional — cuidado! É provável que seja um golpe.

Verifique o número, confirme com a pessoa por outro meio e nunca envie dinheiro sem ter certeza absoluta da identidade do solicitante.

Por que os golpes no WhatsApp estão se multiplicando?

O WhatsApp se tornou uma ferramenta essencial na vida de milhões de brasileiros. É rápido, gratuito e prático. Mas, justamente por ser tão popular, também virou o meio preferido dos golpistas. Com um simples número de telefone e informações públicas nas redes sociais, criminosos conseguem aplicar golpes sofisticados — e muitas vezes, as vítimas só percebem quando já é tarde demais.

De acordo com dados recentes do Banco Central e da Febraban, os golpes do Pix pelo WhatsApp têm gerado milhões de reais em prejuízo todos os meses. E o mais preocupante: esses golpes evoluem o tempo todo, ficando cada vez mais difíceis de identificar.

Neste artigo, vamos mostrar os golpes mais comuns no WhatsApp, como reconhecê-los, o que fazer caso você seja vítima e, principalmente, como se proteger para não cair em armadilhas digitais.

Golpes mais comuns no WhatsApp: quais são e como funcionam

Vamos direto ao ponto. Estes são os principais tipos de golpe do WhatsApp que circulam hoje:

1. Golpe do WhatsApp clonado (ou sim swap)

Como funciona: O criminoso clona o seu número de WhatsApp — ou convence você a entregar um código de verificação (6 dígitos). Com isso, assume sua conta e começa a pedir dinheiro para seus contatos, dizendo que está em apuros.

Sinais de alerta:

  • Pedidos de dinheiro urgentes.
  • Linguagem estranha ou diferente do usual.
  • Mensagens vindas de um número com sua foto e nome, mas diferente do seu.

Como evitar:

  • Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp (Configurações > Conta > Verificação em duas etapas).
  • Nunca compartilhe códigos recebidos por SMS com ninguém.
  • Desconfie até de conhecidos pedindo dinheiro.

2. Golpe do Pix no WhatsApp

Como funciona: O golpista entra em contato se passando por um amigo ou parente e pede uma transferência via Pix com urgência — muitas vezes alegando um problema grave, como um acidente ou dívida.

Exemplo real:

“Oi mãe, troquei de número. Estou sem acesso ao meu banco, pode me fazer um Pix urgente?”

Como evitar:

  • Ligue para a pessoa antes de transferir qualquer valor.
  • Desconfie de trocas repentinas de número.
  • Verifique se há erros de digitação ou comportamento estranho na conversa.

3. Golpe do falso funcionário de banco

Como funciona: O criminoso se passa por funcionário da sua instituição financeira e afirma que sua conta sofreu tentativa de invasão. Ele orienta você a “transferir os valores para uma conta segura”.

O que fazer:

  • Desligue a ligação e entre em contato direto com o banco pelo número oficial.
  • Nenhum banco pede Pix para contas de segurança.
  • Fique atento ao tom de urgência e ao linguajar técnico usado para pressionar a vítima.

4. Golpe do falso emprego ou premiação

Como funciona: A vítima recebe uma mensagem dizendo que ganhou um prêmio ou foi selecionada para uma vaga de emprego com alta remuneração — mas precisa pagar uma taxa ou fornecer dados pessoais.

Sinais comuns:

  • Promessas boas demais para serem verdade.
  • Links suspeitos para preenchimento de dados.
  • Solicitação de “adiantamentos” ou pagamentos para liberar o benefício.

Dica de segurança:

  • Pesquise a empresa ou a promoção no Google.
  • Nunca envie documentos ou fotos por WhatsApp sem certeza da origem.

5. Golpe do boleto falso

Como funciona: O golpista envia boletos falsos com logotipo de empresas conhecidas, como operadoras, bancos ou plataformas de streaming. Muitas vezes, o boleto é quase idêntico ao real.

Como evitar:

  • Gere boletos apenas dentro do site oficial da empresa.
  • Verifique o nome do beneficiário no comprovante antes de pagar.
  • Desconfie de mensagens não solicitadas com anexos em PDF.

Como os golpistas usam o WhatsApp para enganar

Os criminosos estão cada vez mais sofisticados. Eles usam técnicas de engenharia social para explorar emoções como medo, urgência e empatia. Veja algumas estratégias comuns:

  • Roubo de dados nas redes sociais: Golpistas analisam o Instagram, Facebook e LinkedIn da vítima para obter informações sobre familiares, rotina e estilo de vida.
  • Manipulação emocional: Muitas mensagens simulam pedidos desesperados de ajuda, criando pressão psicológica.
  • Phishing disfarçado: Links maliciosos que levam a páginas falsas para roubar senhas e dados bancários.

💡 Dica: Recebeu uma mensagem estranha? Respire fundo, não aja por impulso e verifique todas as informações com calma.

O que fazer se você cair em um golpe no WhatsApp?

Caso você tenha enviado dinheiro ou compartilhado dados sensíveis, não entre em pânico. Ainda há algumas ações importantes que podem ser tomadas:

Passo a passo imediato:

  1. Comunique o banco imediatamente — especialmente se envolveu Pix. Quanto antes você avisar, maior a chance de reverter o valor.
  2. Registre um boletim de ocorrência — pode ser online, dependendo do estado.
  3. Denuncie o número ao WhatsApp — isso ajuda a bloquear o golpista.
  4. Altere senhas e monitore sua conta bancária — inclusive de outros apps vinculados.
  5. Informe seus contatos — para evitar que outras pessoas caiam também.

Como proteger sua conta do WhatsApp: boas práticas de segurança

Prevenir é sempre melhor do que remediar. E quando falamos de segurança no WhatsApp, algumas configurações simples podem fazer toda a diferença.

Ative a verificação em duas etapas

Esse recurso adiciona uma camada extra de proteção à sua conta. Mesmo que alguém consiga seu chip ou código SMS, não conseguirá acessar o app sem esse segundo código.

Como ativar:

  1. Abra o WhatsApp.
  2. Vá em Configurações > Conta > Verificação em duas etapas.
  3. Escolha um PIN de 6 dígitos e um e-mail de recuperação.

💡 Dica: Use um código PIN que não esteja associado à sua data de nascimento ou outros dados fáceis de adivinhar.

Cuidado com os dados que você compartilha nas redes

Muitos golpes no WhatsApp começam com uma simples análise do seu perfil no Instagram ou Facebook. Golpistas podem descobrir:

  • Nomes de familiares.
  • Locais que você frequenta.
  • Empresas para as quais você trabalha.

Reduza o risco com estas ações:

  • Mantenha seu perfil fechado para desconhecidos.
  • Evite publicar informações pessoais como telefone, CPF ou localização em tempo real.
  • Configure a privacidade do WhatsApp para que só seus contatos vejam sua foto e recado.

Nunca clique em links suspeitos

Muitos ataques começam com um simples link enviado por mensagem. Eles podem levar a páginas falsas de bancos, lojas online ou até instalar malwares no seu celular.

Antes de clicar:

  • Verifique o endereço completo do link (prefira links com domínio oficial, como .gov.br ou .com.br).
  • Pergunte à pessoa que enviou se foi realmente ela.
  • Use ferramentas como o Virustotal.com para checar a segurança de URLs.

Fique atento a mudanças de comportamento

Se um parente ou amigo pedir dinheiro e você notar algo diferente no tom, forma de escrever ou emojis usados, desconfie!

✅ Dica rápida: Faça uma videochamada. Golpistas geralmente recusam porque não são quem dizem ser.

O papel dos bancos nos golpes do Pix via WhatsApp

Essa é uma dúvida muito comum: o banco é responsável por devolver o dinheiro em caso de golpe do Pix no WhatsApp?

A resposta curta: depende.

De acordo com o Banco Central, as instituições devem oferecer mecanismos de segurança e rastreamento de transações suspeitas, mas nem sempre o valor é devolvido, especialmente se o usuário foi enganado e autorizou a transferência.

O que você pode fazer:

  • Solicite o Mecanismo Especial de Devolução (MED) em até 80 horas após o Pix.
  • Registre a ocorrência no banco e na polícia.
  • Guarde prints e comprovantes da conversa e do Pix enviado.

FAQ – Perguntas frequentes sobre golpes no WhatsApp

Quais são os golpes mais usados no WhatsApp?

– Golpe do Pix (pedido de dinheiro por falso parente).
– WhatsApp clonado.
– Falso boleto.
– Link malicioso.
– Promoção falsa.

Como os golpistas usam o WhatsApp?

Eles se passam por conhecidos, empresas ou instituições bancárias para enganar a vítima. Também utilizam técnicas de engenharia social, phishing e perfis falsos com foto e nome de pessoas próximas da vítima.

Como os golpistas têm acesso aos meus contatos?

Geralmente, isso acontece quando conseguem clonar o seu número, acessar backups mal protegidos ou obtêm os contatos por meio de redes sociais abertas.

O que devo fazer se receber uma mensagem estranha no WhatsApp?

Não responda imediatamente.
– Confirme a identidade da pessoa por outro canal.
– Denuncie o número ao WhatsApp.
– Altere suas senhas se achar que foi vítima.

Golpe do Pix no WhatsApp: como recuperar o dinheiro?

Avise o banco o quanto antes.
– Solicite o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED).
– Faça boletim de ocorrência.
– Registre reclamação no Banco Central e no Procon se necessário.

Golpe do WhatsApp pedindo dinheiro: o que fazer?

Não transfira nada!
– Ligue para o suposto solicitante para confirmar.
– Informe os contatos em comum.
– Bloqueie e denuncie o número.

O que fazer se cair em um golpe de WhatsApp? (Resumo prático)

  1. Avise o banco.
  2. Registre o boletim de ocorrência.
  3. Denuncie o número ao WhatsApp.
  4. Altere senhas e monitore contas.
  5. Divulgue o ocorrido para alertar seus contatos.

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Conclusão: Fique atento, compartilhe e previna outras vítimas

Os golpes no WhatsApp estão cada vez mais sofisticados, mas com informação e atenção, você pode se proteger — e proteger quem está à sua volta. Nunca subestime o poder de uma simples desconfiança. Antes de clicar, pagar ou compartilhar: verifique!

Se você achou este conteúdo útil, compartilhe com amigos e familiares. A prevenção começa pela informação — e juntos podemos reduzir drasticamente o número de vítimas.